Desde a antiguidade o homem tem buscado facilitar a sua vida em sociedade, trazendo ao seu cotidiano novas invenções e descobertas que buscam promover maior comodidade. A Televisão pode ser citada como uma dessas invenções revolucionárias que desde 1950 está presente em nosso dia-a-dia, desde a classe alta à classe mais desfavorecida. Porém a sua utilidade e benefício à sociedade tem sido alvo de questionamentos diversos.
Bernardino
Mendonça Carleial, formado em Psicólogia-Clínica pela Universidade Católica de
Minas Gerais, estudante de Direito da Faculdade de Direito Estácio de Sá, em Belo Horizonte – MG
e também escritor e Pesquisador nas áreas da Psicobiologia e do Direito, em um
de seus artigos publicados no jornal O Estado de Minas, afirma que apesar da
televisão ter um papel construtivista, tem sido um instrumento propagador de
imagens de ocorrências nocivas, alcançando desde as tribos indígenas do Xingu, às
famílias mais opulentas, aos habitantes das favelas, até penitenciárias do
mundo inteiro. Segundo ele, este aparelho tem influenciado as pessoas, especialmente
crianças e adolescentes, exercendo um papel transformador da conduta humana, condicionador
implacável de mentes, influenciando os hábitos, costumes e cultura dos povos,
transformando-nos assim espectadores de nossa própria conduta.
Amélia
Hamze, professora e colaboradora do site brasilescola.com, classifica a
televisão como ferramenta audiovisual que simultaneamente ao rádio e a
imprensa, mais contribuiu com o planeta, constituindo-se não somente em uma companhia,
mas em um instrumento de diversão, de informação e de formação,
influenciando especialmente a educação.
Ela cita a televisão como mais um recurso didático útil à alfabetização,
ampliando as possibilidades de acesso a materiais que recortam a realidade do
país. Desta forma, destaca a necessidade do educador em inserir a televisão na
sala de aula com o intuito de ensinar os alunos a vê-la com olhar crítico. Para
ela, o importante é saber usá-la para o cotidiano, e não ser usado por ela.
Kim,
cantor e compositor Gospel, em sua música “Sem TV eu te enxergo muito mais”,
apresenta a televisão como uma ferramenta transformadora da realidade, que
molda não só o caráter, mas a forma de enxergar o mundo, de falar, agir, sentir
e se expressar. Para ele, a televisão é apregoada como instrumento maquilador
de personalidades. Esta canção retrata o conflito de uma pessoa que teve a sua
TV quebrada e a sua atual dificuldade de pensar e olhar o outro, bem como o de
se ver. Nesta canção, também afirma o poder manipulador que esta possui sobre o
espectador no que tange a política, o estilo de vestir etc.
A
verdade é que a evolução humana é marcada por grandes descobertas e numerosos
inventos. Desde a descoberta do fogo na pré- história que trouxe a oportunidade
ao homem de cozer seu alimento, aquecê-lo quando necessário e principalmente a
transformar metais e diversos materiais, a invenção do telefone patenteada por
Alexander Graham Bell em 1875 que tinha como objetivo principal aproximar as
pessoas, ao telefone celular móvel usado
pela primeira vez pelo gerente da Motorola, Martin Cooper, do balão de
Jean-François Pilâtre de Rozier e François Laurent d'Arlandes, que levou ao
avião de Santos Dumont e dos irmãos Wilbur e Orville Wright, possibilitando ao homem a se deslocar a grandes distâncias
em pouco espaço de tempo, à internet que desde 1955 tem sido trabalhada para
que chegasse as nossas casas com a intenção não só de pesquisa e trabalho mas
de entretenimento.
Muitas
outras poderiam ser citadas, porém, a Televisão de John Baird, um escocês, foi
uma das invenções que superou as expectativas de muitos na época, e a que mais
tem causado polêmica quanto a sua utilidade e seus benefícios a humanidade. No
entanto, a televisão como qualquer outro invento, é um instrumento que se
utilizado de forma salutar pode trazer á humanidade melhoramentos que tem a força
de promover mudanças benéficas à sociedade.
Não
se pode desconsiderar a sua utilidade como veículo de informação, tendo em vista
que pode-se através dela, conhecer outras localidades e culturas diversas, como
instrumento protestante das divergências sociais e veiculador de
informações indispensável à sociedade. Todavia,
a falta de ética dos profissionais da mídia, a ganância por lucro e a busca por
maiores audiências, tem manchado as telinhas de TV com programações
destrutivas, promiscuas e de certa forma deturpadora não só da moral e
princípios, mas da realidade social.
Desta
forma, é válido afirmar a sua proficuidade à sociedade como aparelho veiculador
de informações relevantes, porém, não deve-se deixar de salientar a forma
incorreta de sua utilização. A ferramenta em si é benéfica, mas quem a usa
como propagador de informações e entretenimento tem transmitido programações de
baixo conteúdo informacional e de certa forma de cultura de baixo nível. E não
esqueçamos que, se estas programações continuam a existir nas telinhas, é
porque tem quem as assista.
Texto resenhado por Fernanda Carla dos
Santos Vital Brito, discente da disciplina Português Instrumental, do Curso de
Ciências Contábeis da Universidade Estadual da Bahia - UNEB, CAMPUS XIX.
REFERÊNCIAS
HAMZE, Amélia. A Televisão e Sua Influência. Disponível
em: <http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/a-televisao-sua-influencia.htm>.
Acesso em 15 fev. 2012.
CARLEIAL. Bernardino
Mendonça. A Televisão e a Formação da
Personalidade. Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/psicologia/televisao-formacao-personalidade.htm>.
Acesso em 15 fev. 2012.
KIM. Sem TV eu Te Enxergo Muito Mais. Disponível em: http://letras.terra.com.br/kim/92178/.
Acesso em 15 fev. 2012.
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